sábado, 27 de junho de 2009

Amor e mudanças




Como esbarrar num amor que nos transforme? O filme "Tinha que Ser Você" dá uma dica preciosa

Como esbarrar num amor que nos transforme? O filme "Tinha que Ser Você" dá uma dica preciosaQUANDO A VIDA da gente está emperrada (o que não é raro), será que faz sentido esperar que um encontro, um amor, uma paixão se encarreguem de nos dar um novo rumo? Provavelmente, sim -no mínimo, é o que esperamos: afinal, o poder transformador do encontro amoroso faz o charme de muitos filmes e romances.
Os especialistas validam nossa esperança. Jacques Lacan, o psicanalista francês, dizia, por exemplo, que o amor é o sinal de uma "mudança de discurso", ou seja, na linguagem dele, de uma mudança substancial na nossa relação com o mundo, com os outros e com nós mesmos. Claro, resta a pergunta: o que significa "sinal" nesse caso?
Duas possibilidades: o amor surge quando está na hora de a gente se transformar ou, então, é por amor que a gente se transforma. Não é necessário tomar partido: talvez as duas sejam verdadeiras.
Seja como for, volta e meia, alguém me pede uma receita: como esbarrar num amor que nos transforme? A resposta trivial diz que os encontros acontecem a cada esquina: difícil é enxergá-los e deixar que eles nos transformem, ou seja, difícil é ter a coragem de vivê-los. Aqui vai um exemplo.
O filme "Tinha que Ser Você", escrito e dirigido por Joel Hopkins, além de ser uma pequena dádiva, oferece uma "dica" preciosa sobre as condições que fazem que um amor "engate". É a história de um encontro ao qual os protagonistas tentam dar uma chance -a chance de transformar suas vidas.Parêntese. Harvey (Dustin Hoffman) está na casa dos sessenta, e Kate (Emma Thompson) na dos cinquenta. É possível ver no filme uma parábola em prol da ideia de que nunca é tarde demais para deixar que um amor nos dê um novo rumo.
O título original, "Last Chance Harvey" (última chance Harvey), iria nessa direção: é agora ou nunca. Pode ser, mas talvez toda chance que a vida nos dá seja mesmo a nossa última.
Fora isso, o filme começa nos mostrando que a vida de Harvey é tão emperrada quanto a de Kate. Em ambos, há uma certa decepção por não conseguir (ou não ter conseguido) aventurar-se a viver seus sonhos -ser pianista de jazz para Harvey, e romancista para Kate. Os dois estão sozinhos e conformados com uma certa mediocridade afetiva: Kate se encaminha para ser a filha que cuidará para sempre da velha mãe, e Harvey já desistiu de ser o pai da filha de quem ele se distanciou, muitos anos antes, no divórcio que o separou da mãe dela.
Em suma, Harvey e Kate estão precisando de uma mudança.
Por que o encontro de Harvey e Kate teria mais sucesso do que os encontros às escuras que Kate se permite, de vez em quando? Por que eles não balbuciariam apenas a estupidez inibida que é habitual nesses casos? Simples, mas crucial: a conversa deles começa com uma sinceridade quase cínica. A "cantada" inicial de Harvey é o oposto do fazer de conta que é a regra das relações sociais, pois Harvey se apresenta confessando o fracasso de sua vida.
Logo, Harvey e Kate passeiam por Londres discorrendo e se conhecendo. Os espectadores descobrirão se eles saberão dar uma chance ao encontro ou, então, voltarão cada um para seu "conforto".O passeio pela cidade evoca dois filmes de Richard Linklater, que estão entre meus preferidos, "Antes do Amanhecer", de 1995, e "Antes do Pôr-do-sol", de 2004.
No primeiro, Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) encontram-se, passam um dia nas ruas de Viena e, enfim, separam-se. No segundo, eles se encontram de novo, em Paris, nove anos depois, e, também passeando, imaginam, de alguma forma, a outra vida que poderia ter sido a deles se, no fim daquele dia em Viena, eles tivessem apostado no futuro de seu encontro.
Aqui, uma recomendação prosaica que emana dos três filmes: se você procura um grande encontro amoroso, sempre use calçados confortáveis, porque nunca se sabe por quantos quilômetros se estenderão suas deambulações amorosas.
Brincadeira à parte, os filmes de Linklater talvez sejam mais tocantes -entre outras coisas, porque eles conferem uma beleza melancólica a uma desistência que é muito parecida com as renúncias às quais nos resignamos a cada dia. Mas o filme de Hopkins, "Tinha que Ser Você", é mais generoso, porque ele nos deixa com uma sugestão: o diálogo que leva ao amor, que dá a cada um a vontade de se arriscar, não surge da sedução e do charme, mas da coragem de nos apresentarmos por nossas falhas, feridas e perdas.
CONTARDO CALLIGARIS
Acredito que nada é por acaso e amo a palavra MAKTUB, em árabe quer dizer escrito...Embora não seja um encontro programado pela lógica é um encontro programado pela alma.
Não existem coincidências tinha que ser você ou com você ... quando é para se viver, você estará lá no momento certo...esta escrito.

Os preferidos

E a roupa, e o perfume, quantos delícias não trazem para aquele que deseja, para aquele que sonha, para aquele que alucina?

Dicas:

Addict para aquela noite especial...cabelão, salto alto e muita sexualidade



Gabbana para dia-a-dia , seu amor sentira intacto o cheirinho marcante



Kenzo para usar após o banho(acompanhado) numa manhã doce de domingo



Usem e abusem meninas vocês e eles merecem ... fica ai a sugestão já adianto são perfumes marcantes muito além de fragrâncias trazem consigo ímpeto.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Já passou


Hoje resolvi calcular tudo que já passou
176 dias do ano de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Não, não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto - se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada."...

Caio F.


As pessoas têm estrelas que não são as mesmas para todos. Para uns, os que viajam, as estrelas são guias. Para outros são apenas pequenas luzes. Para outros, mais sábios, são problemas.(...) Mas todas as estrelas permanecem silenciosas. Tu, terás estrelas como ninguém tem..."Antoine Saint-Exupéry

quarta-feira, 24 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

EXMO. SR. DR. JUIZ (fofuxo/queridinho) DE DIREITO DA VARA DOS DESEJOS DA COMARCA DOS GIRASSÓIS - PAIS DAS MARAVILHAS


PROCESSO nº números pares e felizes (até os números merecem companhia)
Requerente: Nina
Requerido: A vida


Nina, já qualificada nos autos em epígrafe, advogando em causa própria, vem à presença de V. Exa., requerer DIAS ENSOLARADOS, PASSEIOS DE MÃOS DADAS, FÉRIAS (porque não sabe o que é isso a 02 anos), UM FRASCO DO PERFUME PREFERIDO, BORBOLETAS NA BARRIGA, UM OLHAR 43, requer outrossim que a pilha de processos de sua mesa desapareça, bem como seu chefe, como medida da mais lídima e salutar JUSTIÇA.
Amém ops

Nestes Termos,
Pede Deferimento.


______ (RS), 23 de junho de 2009.

Nina
Oab/RS

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Meninas e meninos




Tu e Eu
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça e a sabedoria de só saber crescer até dar pé.
En não sei onde quero chegar e só sirvo para uma coisa- que não sei qual é!
És de outra pipa e eu de um cripto.
Tu, lipaEu, calipto.
Gostas de um som tempestade roque lenha muito heavy
Prefiro o barroco italiano e dos alemães o mais leve.
És vidrada no Lobão eu sou mais albônico.
Tu,fão.Eu,fônico.
És suculenta e selvagem como uma fruta do trópico
Eu já sequei e me resignei como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mimeu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.Eu,ropeu.
Gostas daquelas festas que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais em que sou pertinentee, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.Eu,carístico.
És colorida,um pouco aérea,e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,algo rasteiro,e só penso em Pi.
Somos cada um de um panouma sã e o outro insano.
Tu,cano.Eu,clidiano.
Dizes na carao que te vem a cabeça com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,escolho uma terceira e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano enquanto eu cismo.
Tu,tano.Eu,femismo.

Teria Eduardo e Monica inspirado Luis F. Veríssimo??? olha que me parece