Era o primeiro dia de lua cheia, em pleno ano de 1978, mês de agosto, dia 19, ela sentira dores a noite, uma mulher de 28 anos esperava seu primeiro filho (a), era casada há 04 anos. Do clima ela não lembra muito, sabe que as dores marcavam a chegada daquele novo ser o qual, viria para completar sua relação. Ele, um árabe legitimo, pensava que era o primeiro de quantos filhos Allah mandasse, não demonstrava predileção pelo sexo, mas no fundo esperava um menino para perpetuar a origem.
Pela manhã ela baixou hospital, tivera que se deslocar para o Uruguai cidade vizinha de Artigas, onde as condições eram mais favoráveis para o parto, e encontrar sua obstetra uma senhora gorda que atendia pelo nome de Maria Esther, ironia ou não ia nascer uma palestina pelas mãos de uma judia. O parto foi induzido, não haviam contrações suficientes para transcorrer de forma natural, por volta das 12:00h, nasceu.
Era uma menina, entre lágrimas hoje pela manhã ainda escutei a narrativa, situação essa que se repete todo ano, hoje entre um soluço e outro, uma mulher de 59 anos, cabelos grisalhos, emocionada dizia, que meus avós e meu pai esperavam ansiosos, quando em um painel eletrônico indicava o número do quarto juntamente com uma luz rosa, noticiando para todos que estavam a espera, que uma menina chegava ao mundo.
Minha mãe disse que parecia um bebê prematuro de tão pequeno, e que a doutora enfatizava, que esses que se desenvolviam mais, ri ao justificar meus 1,83 de altura.
Meu pai ficou bobo, sua Amira (princesa em árabe) nascera, homem mais carinhoso e cuidadoso, fez uma lista enorme de nomes árabes, conforme a tradição um muçulmano tem que ter o nome árabe. Tinha sua predileção por um em específico Fátima (ainda bem que foi impedido por mamãe) o nome de sua mãe que não via há 08 anos, mas tal intenção esbarrou na personalidade forte de minha mãe uma Polaca brava, que não fazia a menor questão da homenagem, pois sua mãe se sentiria desprestigiada.
Hoje ela sorri e diz que o critério usado para escolha do nome, foi a facilidade de escrever e pronunciar. Escolhendo Naíma, em árabe quer dizer delicada, abençoada, santificada, alegre, confesso que fui gostar do meu nome quando aprendi falar árabe e descobri seu significado.
Passados 07 dias, ele viajou para Oriente Médio rever sua família, desde então Naíma começou a chorar, minha mãe disse que foram exatos 3 meses de chororô, inúmeras visitas a médicos, uns diziam que era cólica dos 03 meses outros que era hambre kkk.
Quase perto do retorno do pai e esposo, ela narrou o fato, explicou o que passara, e ele muito religioso, buscou em sua velha mãe a cura...Minha vó Fátima terceira esposa de um árabe muito bonito (meu vô) preparou um breve (aqui no sul chamamos assim) uma espécie de amuleto, onde dentro continham trechos do alcorão. Até bem mocinha escutava que teria sido o remédio, pois no momento em que ela confeccionou a choradeira cessou.
Enfim ele voltou, o meu amor Hassan um sheik arabe, cuja a descrição esta nas entrelinhas desde humilde blog e a dor da bebezinha passou, o diagnóstico mais certo era saudade que gotava em forma lágrimas.
Com um ano de idade, recebi companhia, Omar e Amir (meus irmãos gêmeos) quero aproveitar esse post para me desculpar pela tentativa de homicídio cometida contra eles, no auge dos meus 03 anos, ao tentar sufocá-los com um travesseiro, mais uma vez desculpas, vocês são meus meninos. Enquanto eu estava nessa batalha com os gêmeos, nasce o bebê. Não era mais a única Amira da casa, Nádia chegou para aumentar meu desespero, minha irmã do coração, minha vida, embora eu seja a emoção e ela a razão somos feitas tão pra nós duas, te amo.
Queria agradecer a Allah, Julia e Hassan pela minha vida, a minhas tias pelo incansável cuidado, a minha mãe de leite e a todos que na minha vida cruzaram, levando um pouco de mim e deixando um pouco de si.
Sim realmente o meu nome foi feito sob medida pra mim, sou Abençoada pela vida.
A menina deles cresceu, virou mocinha, hoje mulher, pensou que se chorasse 03 meses sem parar não choraria nunca mais na vida, pois ela se enganou, só que hoje mais madura e experiente prima por lágrimas de alegria de emoção.
Pela manhã ela baixou hospital, tivera que se deslocar para o Uruguai cidade vizinha de Artigas, onde as condições eram mais favoráveis para o parto, e encontrar sua obstetra uma senhora gorda que atendia pelo nome de Maria Esther, ironia ou não ia nascer uma palestina pelas mãos de uma judia. O parto foi induzido, não haviam contrações suficientes para transcorrer de forma natural, por volta das 12:00h, nasceu.
Era uma menina, entre lágrimas hoje pela manhã ainda escutei a narrativa, situação essa que se repete todo ano, hoje entre um soluço e outro, uma mulher de 59 anos, cabelos grisalhos, emocionada dizia, que meus avós e meu pai esperavam ansiosos, quando em um painel eletrônico indicava o número do quarto juntamente com uma luz rosa, noticiando para todos que estavam a espera, que uma menina chegava ao mundo.
Minha mãe disse que parecia um bebê prematuro de tão pequeno, e que a doutora enfatizava, que esses que se desenvolviam mais, ri ao justificar meus 1,83 de altura.
Meu pai ficou bobo, sua Amira (princesa em árabe) nascera, homem mais carinhoso e cuidadoso, fez uma lista enorme de nomes árabes, conforme a tradição um muçulmano tem que ter o nome árabe. Tinha sua predileção por um em específico Fátima (ainda bem que foi impedido por mamãe) o nome de sua mãe que não via há 08 anos, mas tal intenção esbarrou na personalidade forte de minha mãe uma Polaca brava, que não fazia a menor questão da homenagem, pois sua mãe se sentiria desprestigiada.
Hoje ela sorri e diz que o critério usado para escolha do nome, foi a facilidade de escrever e pronunciar. Escolhendo Naíma, em árabe quer dizer delicada, abençoada, santificada, alegre, confesso que fui gostar do meu nome quando aprendi falar árabe e descobri seu significado.
Passados 07 dias, ele viajou para Oriente Médio rever sua família, desde então Naíma começou a chorar, minha mãe disse que foram exatos 3 meses de chororô, inúmeras visitas a médicos, uns diziam que era cólica dos 03 meses outros que era hambre kkk.
Quase perto do retorno do pai e esposo, ela narrou o fato, explicou o que passara, e ele muito religioso, buscou em sua velha mãe a cura...Minha vó Fátima terceira esposa de um árabe muito bonito (meu vô) preparou um breve (aqui no sul chamamos assim) uma espécie de amuleto, onde dentro continham trechos do alcorão. Até bem mocinha escutava que teria sido o remédio, pois no momento em que ela confeccionou a choradeira cessou.
Enfim ele voltou, o meu amor Hassan um sheik arabe, cuja a descrição esta nas entrelinhas desde humilde blog e a dor da bebezinha passou, o diagnóstico mais certo era saudade que gotava em forma lágrimas.
Com um ano de idade, recebi companhia, Omar e Amir (meus irmãos gêmeos) quero aproveitar esse post para me desculpar pela tentativa de homicídio cometida contra eles, no auge dos meus 03 anos, ao tentar sufocá-los com um travesseiro, mais uma vez desculpas, vocês são meus meninos. Enquanto eu estava nessa batalha com os gêmeos, nasce o bebê. Não era mais a única Amira da casa, Nádia chegou para aumentar meu desespero, minha irmã do coração, minha vida, embora eu seja a emoção e ela a razão somos feitas tão pra nós duas, te amo.
Queria agradecer a Allah, Julia e Hassan pela minha vida, a minhas tias pelo incansável cuidado, a minha mãe de leite e a todos que na minha vida cruzaram, levando um pouco de mim e deixando um pouco de si.
Sim realmente o meu nome foi feito sob medida pra mim, sou Abençoada pela vida.
A menina deles cresceu, virou mocinha, hoje mulher, pensou que se chorasse 03 meses sem parar não choraria nunca mais na vida, pois ela se enganou, só que hoje mais madura e experiente prima por lágrimas de alegria de emoção.
3 comentários:
Eu é que agradeço a Deus e ao Dr. Aguinaldo por ter cruzado vc em minha vida, deixando marcas lindas em minha vida, coisa de outras vidas, como dizemos, não só o sangue árabe nos une, mas os sonhos que todas mulheres apaixonadas levam dentro de si. Parabéns a vc linda e querida amiga.Bom demais ter vc nessa jornada chamada vida.
TE AMO, CADA DIA MAIS!!!
NÁDILA HASSAN
Princesa,abençoada,alegre,humana e de coração GIGANTE. Continue brilhando, sempre!!!
Parabéns!!!
Marcus.
ÔO minha linda amiga.. que história mais graciosa...Linda!!
Bem que tua mãe faz em te recordar dela todo dia 19/08.
Que a vida te traga muitas felicidades,muitas alegrias, muitos filhos, filhas, um maridão que te ame cada dia um pouco mais...
Não, ainda não acabei, espera que já vem os votos para a profissão: Que tu seja abençoada com muita prosperidade, em qualquer caminho que vc desejar seguir. Que hajam sempre vitórias, Dra!!
Felicidades, amiga!!
Beijãozão da sua amiguinha também balzaquiana...
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