Magistrado profere decisão em forma de verso
O Juiz de Direito Afif Jorge Simões Neto, da 2ª Turma Recursal Cível, proferiu voto em forma de verso, em julgamento realizado dia (21/1). Além de gaúcho o nobre julgar é patrício.
Me envaidece ver a sensibilidade e criatividade de um jurista, fazendo de problemas poemas e de danos versos.
“Este é mais um processo
Daqueles de dano moral
O autor se diz ofendido
Na Câmara e no jornal.
Tem até CD nos autos
Que ouvi bem devagar
E não encontrei a calúnia
Nas palavras do Wilmar.
Numa festa sem fronteiras
Teve início a brigantina
Tudo porque não dançou
O Rincão da Carolina.
Já tinha visto falar
Do Grupo da Pitangueira
Dançam chula com a lança
Ou até cobra cruzeira.
Houve ato de repúdio
E o réu falou sem rabisco
Criticando da tribuna
O jeitão do Rui Francisco
Que o autor não presta conta
Nunca disse o demandado
Errou feio o jornalista
Ao inventar o fraseado.
Julgar briga de patrão
É coisa que não me apraza
O que me preocupa, isso sim
São as bombas lá em Gaza.
Ausente a prova do fato
Reformo a sentença guerreada
Rogando aos nobres colegas
Que me acompanhem na estrada.
Sem culpa no proceder
Não condeno um inocente
Pois todo o mal que se faz
Um dia volta pra gente.
E fica aqui um pedido
Lançado nos estertores
Que a paz volte ao seu trilho
Na terra do velho Flores.”
Leia mais aqui: Tribunal de Justiça do RS.
Proc. nº 71001770171
3 comentários:
Esse juiz é bom de prosa... ou melhor, de verso.
Pena que em Gaza a situação ainda não esteja definida... Pena que de Gaza vão lançar fogo assim que puderem ( Mas não as pessoas de bem, só os vizinhos de Hamas que elas têm), e pena que de Sderot a resposta será mais fogo.
Isto de escrever em poesia a sentença, eu nunca tinha visto... Mas é interessante.
Ainda pensas em postar alguma coisa de Augusto dos Anjos? Estás mais tranquila agora?
Salam aleikom.
Lord Byron é ótimo.
Lembro uma dele: "Todos os tempos, quando passados, são bons."
Nina, tem um meme pra ti lá no meu espaço... Se quiseres, vai lá.
Abração.
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